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Inquérito sobre fakes news avança e PF faz 29 buscas


A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta ordens judiciais expedidas pelo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news, mirando nomes ligados ao ‘gabinete do ódio’ e aliados do presidente Jair Bolsonaro. Alexandre determinou a oitiva de oito deputados, a quebra do sigilo bancário e fiscal dos supostos financiadores do esquema de disseminação de ‘notícias falsas’ e ainda o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. Entre os alvos de buscas estão:


Roberto Jefferson Monteiro Francisco – ex-deputado e presidente do PTB; preso no mensalão e hoje aliado do presidente;


Luciano Hang – empresário bolsonarista dono das lojas Havan;


Allan dos Santos – sócio do site conservador Terça Livre; um dos principais blogueiros alinhados com o bolsonarismo;


Sara Winter – ativista bolsonarista, alvo de ação civil pública por ‘milícia armada’ acampada em Brasília, conhecida como ‘300 do Brasil’;


Winston Rodrigues Lima – capitão da reserva da Marinha e youtuber do Canal ‘100% Bolsonaro’ Cafezinho com Pimenta;


Reynaldo Bianchi Junior – youtuber e humorista;


Bernardo Pires Kuster – youtuber apoiador do governo Bosonaro, já citado por Olavo de Carvalho;


Marcelo Stachin – ativista bolsonarista em Mato Grosso;


Edgard Gomes Corona – dono da rede de academia Bio Ritmo e Smartfit;


Edson Pires Salomão – assessor do deputado estadual Douglas Garcia (PSL);


Rodrigo Barbosa Ribeiro – auxiliar parlamentar do deputado estadual Douglas Garcia (PSL);


Enzo Leonardo Suzi Momenti – youtuber apoiador de Bolsonaro;


Eduardo Fabres Portella


Paulo Gonçalves Bezerra


Marcos Dominguez Bellizia


Otavio Oscar Fakhoury


Rafael Moreno


Garcia disse à reportagem que os agentes da PF estiveram em seu gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo e apreenderam computadores. O deputado diz que as buscas são ‘lamentáveis’ e alega imunidade parlamentar. A ativista Sara Winter confirmou ser alvo da operação por meio do Twitter e disse que seu celular e seu computador foram apreendidos. Na publicação, compartilhou mandado de busca com a indicação de que ela deverá ser ouvida em até 10 dias pela PF e chamou Alexandre de Moraes de ‘covarde’.


Alexandre ainda determinou que seis deputados federais e dois estaduais sejam ouvidos em até dez dias no âmbito da investigação. Além disso, o ministro ordenou a preservação do conteúdo de todas postagens feitas pelos parlamentares. São alvos de tais medidas:


Beatriz Kicis (PSL- DF)


Carla Zambelli (PSL-SP)


Daniel Lúcio da Silveira (PSL-RJ)


Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro (PSL-PR)


Geraldo Junio do Amaral (PSL-MG)


Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PSL-SP)


Douglas Garcia Bispo dos Santos (deputado estadual em São Paulo – PSL)


Gil Diniz (deputado estadual em São Paulo – PSL)


Muito ativo nas redes sociais, o grupo de bolsonaristas que entrou na mira do inquérito das fake news reagiu à ofensiva da Polícia Federal alegando suposta politização da Corte. Parte das publicações chegou a questionar a legalidade da investigação, mas a mesma teve o aval da Advocacia-Geral da União (AGU), órgão do governo que atua na Corte.

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