Um dia depois de milhares de brasileiros irem às ruas do País em defesa do governo, do ministro Sergio Moro e da reforma da Previdência, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou nesta segunda-feira que quem se torna ministro do STF “tem couro para aguentar qualquer tipo de crítica”, informa O Estado de S. Paulo.
Os atos do último domingo também foram marcados por novos ataques ao Congresso e a ministros do Supremo Tribunal Federal. No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro citou a “civilidade” e a “legitimidade” dos movimentos.
Para Toffoli, as manifestações do último domingo fazem parte da democracia e diminuíram o tom dos ataques desferidos contra o tribunal, quando comparadas a outros protestos recentes. Segundo o presidente da Corte, também houve uma diminuição em 80% dos ataques desferidos contra o tribunal na esfera online, o que o ministro atribui à instauração de um inquérito para apurar ofensas e ameaças contra ministros e seus familiares: “Quanto for necessário, o inquérito vai ser mantido”.
Nos atos de domingo, quatro bonecos foram inflados em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Dois deles simbolizando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Lula (ambos com roupa de presidiário), um de Moro vestido de super-homem e o último unindo Lula, o ex-ministro do PT José Dirceu e o ministro Gilmar Mendes, do STF. Na avenida Paulista, lugar escolhido pelos manifestantes em São Paulo, bonecos e faixas também traziam críticas ao Supremo e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Para Toffoli, os ataques ao Supremo foram algo “pontual” e não “generalizado”.
“Eu não me impressiono. Quem vem pro Supremo Tribunal Federal, quem se torna ministro do STF, tem couro suficiente para aguentar qualquer tipo de crítica e pressão”, disse Toffoli ao participar de brunch com a imprensa para um balanço do primeiro semestre.
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